Uma das nossas grandes dificuldades que vivemos em nossas relações é a comunicação. A comunicação pode ser, sim, desencadeadora de muitos conflitos em nosso dia-a-dia. Então, considerando isso, que preparei esse texto para você, para refletirmos um pouco sobre como podemos desenvolver uma comunicação centrada na pessoa. Vamos refletir esse tema, apresentando um pouco do caminho de Carl Rogers e sua dedicação pelos estudos das relações interpessoais. Querem compreender um pouco sobre esse caminho? Então, esse blog é para você!
Nesse texto vamos refletir sobre os 3 seguintes pontos:
- Liberdade de pensamento e expressão
- Cultivando a comunicação expressiva
- Escuta ativa
Liberdade de Pensamento e Expressão
Cada vez mais estamos vivendo relações e tendo experiências pautadas na justiça, no que consideramos ser certos e errados. Somos acostumados a nos relacionarmos pelo recurso da razão, que se referencia aos conceitos, que muitas vezes se veem limitados nas amarras das verdades da sociedade contemporânea. E hoje te convido nesse texto a realizar outra comunicação, uma comunicação pela via da experiência, via das nossas emoções e sensações. Estamos propondo uma comunicação primeiramente com a nossa voz interior, a voz que muitas vezes fica sufocada sob as expectativas alheias.
À medida que trilhamos o caminho de encontro com quem somos, a busca pela liberdade de expressão se torna constante. Começamos a nos interessar pelo que acontece em nosso organismo, com desejo de compreender sobre nossos pensamentos e nos deparamos com a jornada mais importante de todas: a autodescoberta. A liberdade não é apenas uma manifestação externa, mas também uma exploração interna profunda. É um convite para nos conhecermos melhor, para abraçar nossa singularidade e para compartilhar nossa voz autêntica com o mundo.
A liberdade de expressão emerge como um pilar fundamental, permitindo-nos compartilhar nossos pensamentos e sentimentos mais profundos, alinhando-nos com nossa verdadeira essência.
Cultivando a comunicação expressiva
Para conseguirmos exercitar uma comunicação expressiva, precisamos estar em contato com as relações interpessoais. Porém, estamos vivendo em um mundo profundamente racional, como vimos no item anterior, e esse distanciamento de quem somos, nos afasta de uma comunicação expressiva para uma construção de comunicação de poder. Sabemos o quanto as relações são instituídas e construídas a partir do poder. E infelizmente “o poder está sendo instituído e destituído pelo exterior”, um chamado à reflexão sobre como cedemos nosso poder a forças externas, perdendo a capacidade de exercer influência sobre nossas próprias vidas. A consequência? Uma teia complexa de dominação e competição, que gera desconfiança e insegurança nos vínculos.
No entanto, emerge uma luz no horizonte: a proposta de Rogers para o desenvolvimento de recursos que enfrentam as tensões e conflitos interpessoais que é o exercício da comunicação expressiva. A comunicação expressiva, sob a perspectiva de Carl Rogers, emerge como uma jornada profunda em direção à autenticidade e ao entendimento mútuo.
A comunicação expressiva, segundo Rogers, não se limita ao mero compartilhamento de palavras, mas abraça a expressão profunda dos pensamentos e emoções que habitam dentro de cada pessoa. É um convite para despir-se das máscaras sociais e dos véus de conformidade, permitindo que a verdade interior floresça e se manifeste. Nesse espaço seguro de autenticidade, os indivíduos são encorajados a explorar suas ideias, sentimentos e perspectivas mais íntimas, criando uma plataforma para a compreensão mútua e para a conexão emocional genuína.
A abordagem Centrada na Pessoa lança luz sobre a importância de ouvir com empatia e aceitação, essenciais para a comunicação expressiva ser desenvolvida. Esse ambiente de escuta ativa, livre de julgamento, não apenas amplifica a capacidade de expressão, mas também fortalece os laços interpessoais, criando uma atmosfera de confiança e conexão vital para o crescimento individual e para a construção de relacionamentos enriquecedores.
Em síntese, a comunicação expressiva, enraizada nas descobertas transformadoras de Carl Rogers, transcende as fronteiras superficiais da conversa cotidiana. Ela nos instiga a nos aventurarmos nas profundezas de nossa autenticidade, a compartilhar nossas verdades mais íntimas e a escutar com compreensão genuína. Ao abraçar essa abordagem, descobrimos um meio valioso para cultivar relações significativas e para enriquecer nossa própria jornada de autodescoberta. Se sente pronto? Estaremos com você nesse processo de desenvolvimento!
Escuta ativa
Para podermos nos aproximar de uma comunicação autêntica e expressiva, outro ponto fundamental é desenvolvermos uma escuta ativa. Não conseguimos expressar e nem acessar nossas emoções sem antes escutar atentamente ao outro, nossas relações. Rogers nos convida a abandonar a passividade da audição meramente superficial e abraçar a profundidade transformadora da Escuta Ativa. Essa prática envolvente não apenas promove uma compreensão mais profunda, mas também constrói as bases para relacionamentos genuínos e enriquecedores.
A essência da Escuta Ativa reside na capacidade de estar presente de maneira completa e dedicada, um presente que vai além da presença física. Rogers nos lembra que, ao ouvir ativamente, estamos dando voz a outra pessoa, oferecendo um espaço seguro para que suas palavras e emoções fluam livremente. Esse ato empático de escutar não julga, não antecipa respostas e não se perde nas próprias reflexões – em vez disso, mergulha nas águas profundas das experiências do outro, nutrindo um entendimento mais pleno e uma conexão mais autêntica.
A Escuta Ativa, como delineada por Rogers, não é uma simples habilidade, mas um convite à transformação mútua. Ao adotarmos essa abordagem, abrimos as comportas para uma comunicação mais rica e significativa, onde as palavras são apenas a superfície do que é compartilhado. Através da Escuta Ativa, mergulhamos nas correntes subjacentes das emoções, dos pensamentos e das perspectivas do outro, forjando laços que transcendem as barreiras da superficialidade e promovendo um ambiente de compreensão profunda e empática.
Pois é… Desenvolver a comunicação expressiva e autêntica é um desafio constante. E como temos uma visão limitada, podemos contar com facilitadores e mediadores desse processo. A resposta se encontra no facilitador, aquele que crê em sua experiência, estabelece laços profundos, abraça a ética do cuidado e mantém um desejo ardente de explorar a si em constante evolução.
Então conte com profissionais para auxiliar você em sua caminhada. Se for da área da psicologia e quiser conhecer mais sobre como desenvolver as atitudes propostas por Carl Rogers, clique aqui, que estaremos com você nesse processo.
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Que este blog possa ter conectado você a trilhar o caminho da comunicação autêntica, da liberdade de expressão e da compreensão mútua. Até a próxima reflexão, em busca de um mundo mais conectado e empático!