“É claro que não vai dar certo”, ” Sinto que algo de muito ruim, está preste a acontecer”, “Vou reprovar com certeza”. Você costuma ter pensamentos assim? A baixa autoconfiança pode ser algo mais comum do que você imagina, podemos perceber em muitas pessoas. Saiba que para mudar isso, é preciso compreender primeiramente as causas dela, para depois mudá-la. Quer aprender por onde começar? Então, esse texto é para você!
A baixa autoconfiança tem várias causas sendo construídas ao longo do tempo. Para entender melhor sobre o assunto e iniciar mudanças, vamos passar pelos seguintes pontos:
- O que é a autoconfiança;
- Como se constrói a baixa autoconfiança;
- Como construir a autoconfiança;
- Dicas para desenvolver a autoconfiança;
O que é a autoconfiança
A autoconfiança é um sentimento de se sentir capaz, com segurança em suas habilidades, qualidades e julgamentos de uma pessoa. É na autoconfiança que expressamos a crença em nosso potencial de aprendermos e nos transformarmos, por isso é importante para a sua saúde e bem-estar psicológico.
Ter um nível saudável de autoconfiança pode ajudá-lo a ter sucesso em sua vida pessoal e profissional. Quando você acredita em si mesmo, você estará mais disposto a tentar coisas novas, se arriscar. Acreditar em si, é a chave para se colocar nas situações sem medo, sem tanta ansiedade.
A diferença entre autoestima e autoconfiança é que a autoestima se refere ao quanto uma pessoa aprecia a si mesmo, se valora. A autoconfiança se relaciona com a percepção da pessoa em se sentir capaz em realizar as mais diversas atividades.
A pessoa autoconfiante costuma ter uma boa autoestima, mas nem toda pessoa com boa autoestima é autoconfiante, pois a autoestima pode se tornar em uma autocobrança, portanto, pode ser uma autoestima condicional aos acertos, para continuar gostando de si, é necessário não errar nunca, o que é impossível por sermos humanos. A pessoa autoconfiante compreende que pequenos erros e fracassos fazem parte da vida, mas insiste e acredita que consegue ser bem-sucedido.
Como se constrói a baixa autoconfiança
A coisa mais importante a saber sobre a baixa autoconfiança é que não é sua culpa, pois são diversos os fatores que contribuem para a baixa autoconfiança. Os fatores principais que contribuem na construção da autoconfiança são os antecedentes culturais, as experiências na infância e outras circunstâncias da vida.
Diversas experiências de vida individuais podem levar uma pessoa a sentir-se completamente insegura ou até mesmo sem valor. Vou apresentar alguns, lembrando que estamos sempre em constante transformação e então podemos mudar nossa autoconfiança.

- Experiências traumáticas: o abuso físico, sexual e emocional pode afetar significativamente nossos sentimentos de autoestima. A pessoa que sofre abusos pode começar a duvidar que merece afeto e se sentir desamparada e sem valor.
- Estilo parental: A forma como fomos tratados em nosso núcleo familiar principal pode nos afetar muito, mesmo depois da infância. Geralmente construímos nosso padrão, nossa forma de construir relações, baseando-se no estilo de afeto que recebemos na primeira infância. Isso pode ser mudado, o primeiro passo é perceber como nos percebemos e construímos nossas relações.
- Bullying, assédio e humilhação: são também experiências de abuso emocional. O bullying na infância pode deixar uma marca em sua confiança quando se trata de aparência, habilidades intelectuais e de desempenho e outras áreas da vida. Experiências humilhantes na idade adulta, incluindo assédio no local de trabalho ou um grupo de colegas que desrespeita ou rebaixa você, também pode torná-lo menos disposto a falar por si mesmo ou alcançar metas ambiciosas.
- Gênero, raça e orientação sexual: muitos estudos apontam que as mulheres são socializadas para se preocupar mais com a forma como são percebidas e, para correr menos riscos. A origem racial e cultural e a orientação sexual também podem fazer a diferença. Infelizmente, a pessoa que é alvo de discriminação, pode ter internalizado algumas mensagens negativas e falsas sobre seu potencial e seu pertencimento.
- Desinformação: a falta de autoconfiança pode vir de não conhecer como construir a confiança e não ter exemplos de pessoas autoconfiantes.
- Perfeccionismo: é uma forma de pensamento distorcido que contribui para a baixa autoconfiança, pois coloca uma pressão interna muito grande, gerando muitas vezes ansiedade também.
- As redes sociais: as mídias sociais se tornaram onipresentes, as mensagens de perfeição chegam mais rápido e a todo instante. Uma vida perfeita gera ansiedade e desvalor, pois comparamos com a realidade vista e não conseguimos alcançar isso. Todo mundo tem dias ruins, dúvidas e imperfeições físicas, mas elas não são compartilhadas, nos fazendo querer ser perfeito.
- Ansiedade e depressão: é comum que a ansiedade e a depressão estejam relacionadas com problemas de autoconfiança. Os sentimentos de autocobrança e de desvalor estão muito presentes em pessoas com esses jeitos de se perceberem.
Ufa! São diversos os fatores que contribuem para a baixa autoconfiança! Reflita em sua vida que fatores tiveram presentes e como você foi estimulado a crer em seu potencial. Geralmente o incentivar a autoestima e autoconfiança em nossa criação e educação quase não acontecem, infelizmente! E elas fazem falta principalmente depois da adolescência, quando passamos a ser mais autônomos e desbravar a nós mesmos e a questionar a realidade.
Como construir a autoconfiança
Compreendendo o que auxilia na construção da baixa autoconfiança, para se afastar dela é necessário perceber que precisamos desaprender hábitos já há muito tempo internalizados. A confiança é uma habilidade que qualquer um pode aprender, sendo uma característica altamente vantajosa, pois pode ser aplicada em todos os aspectos da vida, seja em contextos pessoais, sociais ou profissionais.
Na Psicologia, se percebe que pessoas com baixa confiança são aquelas que geralmente pensam nos outros antes de pensar em si mesmas. Portanto, para construir uma autoconfiança é necessário entender que primeiro devemos nos perceber, exercer hábitos de autocuidado, para que assim possamos estar bem e nos relacionar de maneira mais leve e inteira em nossas relações.
Não evite desafios, enfrente-os. Pessoas com baixa confiança interna geralmente evitam desafios ou oportunidades para exibir suas habilidades, o que acaba reforçando sua falta de confiança. Se perceba como aprendiz, assim você vai se autorizar a errar e se abrir para explorar possibilidades.

Aprenda a reconhecer e lidar com suas emoções. Muitos indivíduos tentam se afastar das emoções, sejam elas boas ou ruins. Porém, as emoções nos trazem informações que podem auxiliar muito, nos ajudando a perceber o que faz sentido ou não, nos guiando na busca de uma identidade e consequentemente em uma confiança pessoal.
Segue alguns passos para aprender a acolher seus sentimentos:
- Pare e perceba o que sente: identifique e aceite suas emoções sem julgamento, fique com elas alguns minutos;
- Observe como as emoções ecoam em seu corpo;
- Dê um nome à emoção ou emoções;
- Reflita sobre ela e descubra o que ela está tentando lhe dizer;
- Acolha essa emoção e seu significado. Se abra para aprender com ela!
Dicas para desenvolver a autoconfiança
Cultivar a autoconfiança em sua vida é um processo que exige que você se abra para se perceber e se desafie a criar formas de viver e se relacionar consigo e com os outros. Você pode começar mudando algumas atitudes, por isso segue algumas dicas que podem lhe ajudar nessa jornada!
- Pare de se comparar com os outros: só você conhece sua realidade e limitações.
- Pratique o auto-acolhimento: só se julgar não ajuda! Perceba seus comportamentos, sentimentos e acolha sua intenção ao realizá-los.
- Tenha paciência: criar um novo hábito exige prática constante. Paciência com você e com o seu processo é fundamental.
- Não tente ser perfeito(a): compreenda a sua humanidade e se perceba tentado mudar. Valorize mais suas intenções do que os resultados alcançados.
- Se desafie: para mudar sua autoconfiança é importante se colocar em movimento. Saia da mesmice!
- Celebre suas conquistas: comemore as pequenas mudanças alcançadas, isso vai lhe ajudar a diminuir a autocobrança.
- Peça ajuda: sozinho você pode alcançar seu objetivo, mas com a ajuda de pessoas e profissionais confiáveis você chegará mais rápido ao seu objetivo e ainda aprenderá com a experiência deles.

Não se esqueça, a autoconfiança é uma jornada, tanto para desconstruir a baixa autoconfiança como para reconstruí-la. Estar disposto a se tornar autoconfiante é o primeiro passo para alcançar esse objetivo. Se você precisar de ajuda nesse processo, conte com nossa equipe! Clique aqui e converse com uma de nossas psicólogas para conhecer mais e entender o que faz sentido para você.