“A gente não quer só comida
A gente quer comida
Diversão e arte
(…)
A gente não quer só dinheiro
A gente quer dinheiro
E felicidade”
(Música dos Titãs)
Você já tentou ler alguma coisa quando está com fome? Você pode até conseguir, mas o esforço vai ser grande e a motivação precisa ser clara o suficiente para não fazer você parar na metade e beliscar a primeira comida que vê pela frente. Pois é, quais são suas reais necessidades? O que o motivaria a ponto de suportar desconfortos básicos enquanto busca seus objetivos?
Necessidade, vontade, desejo, motivação foram os temas de interesse de muitos estudiosos ao longo da história. E não é difícil entender porque, já que compreender as necessidades e motivações humanas permite que nos aproximemos do que somos capazes de alcançar e, quem sabe, responder perguntas como: Para onde estamos indo? O que queremos realizar na vida?
É mais comum olhar para os fracassos e entender porque aconteceram, tentando, assim, evitá-los, do que nos perguntarmos onde poderíamos chegar. Um dos estudiosos, que foi na contramão da história, foi o psicólogo humanista Abraham Maslow. Você já deve conhecê-lo através da famosa pirâmide das necessidades humanas incorporada e difundida pela administração, na tentativa de compreender o interesse dos consumidores. Pois é, mas a pirâmide das necessidades, na verdade, nasceu de uma pesquisa na qual Maslow estava interessado em descobrir o que fazia as pessoas se sentirem realizadas na vida. Ao contrário dos pesquisadores da época, ele não queria estudar patologias, mas as características que levavam à autorrealização.
Maslow estudou personalidades como Abraham Lincoln, Thomas Jefferson, Madre Teresa de Calcutá e Mahatma Gandhi e, dentre suas conclusões, identificou que personalidades que se atualizam e se sentem realizadas apresentam atitudes como:
– Experienciar a vida de modo intenso;
– Fazer a opção pelo crescimento e pela segurança;
– Sair da possibilidade e concretizar-se;
– Ser verdadeiro e ter responsabilidade.
E a consequência de nutrir atitudes como essas diante da vida é que essas pessoas desenvolvem confiança na sua forma de perceber a experiência. Curioso não acham? Não se trata de talento, inteligência ou riqueza. Os resultados desta pesquisa demonstraram que a pessoas têm fome de autorrealização e, para isso, se alimentam de autoestima, relações sociais, segurança, além de cuidar das necessidades fisiológicas básicas. Isso quer dizer que podemos buscar perceber como estamos nos movendo na vida. Se estamos na direção do autodesenvolvimento ou se estamos tentando evitar falhas e problemas a todo custo.
Mas o que significam essas necessidades nos dias de hoje? Mais de 70 anos depois elas continuam fazendo sentido?
Em 2018 a Harvard Business Review Brasil publicou um artigo que apresenta 40 elementos de valor que levam as pessoas a estabelecer uma relação de confiança e fidelidade com as empresas. Essa foi uma pesquisa realizada por três membros de uma equipe de estratégia e análise de dados voltada para o marketing de uma empresa (Bain). Você deve estar se perguntando: o que essa pesquisa tem a ver com as necessidades e motivações humanas? Vamos lhe explicar! É que os 40 elementos de valor que eles encontraram confirmam e atualizam as descobertas de Maslow. E eles podem, inclusive, ser distribuídos em uma pirâmide:

*https://hbrbr.uol.com.br/elementos-valor-b2b/
Se relacionarmos o resultado desta pesquisa com a vida humana atual, o que vamos encontrar é que as pessoas sentem necessidade de que seus esforços sejam funcionais, produtivos. Aspiram relações éticas, com adaptação cultural. Desejam simplificação dos processos, integração com as pessoas, clareza na comunicação, disponibilidade, flexibilidade. Vão em busca de crescimento, aliando diversão e bem estar à produtividade. E sua inspiração está na responsabilidade social, com otimismo e visão ampla da realidade.
E então, quais são as suas necessidades? Você tem fome de quê? Sabemos que é difícil perceber com clareza os elementos que nos motivam. Realmente estamos muito habituados aos afazeres diários e a alguns objetivos de vida específicos, que nem sempre sabemos se fazem sentido. Então construímos alguns pontos para ajudá-lo:
– Reflita sobre o que e como você sentiria satisfação e realização na vida. Inspire-se nos elementos que exploramos aqui para encontrar o que faz sentido para você. O que lhe chama atenção? Que elementos de valor o fariam superar seus limites?
– Observe se os elementos de valor estão presentes na sua vida. Como você poderia fazer para operacionalizá-los da forma mais otimizada possível?
– Como estão suas relações? Elas estão a serviço de facilitar sua autorrealização? Cerque-se de pessoas que têm necessidades complementares às suas e que possam somar esforços para atingir objetivos comuns.
Esse processo envolve uma inversão de percepção, que desafia a ir além do comum. Então, se precisar de ajuda nesse processo, conte conosco. Faz parte do nosso processo de realização ajudar você a encontrar o seu!