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Qual a saída para a crise ecológica mundial?

Estamos falando cada vez mais sobre desenvolvimento exponencial. Ninguém duvida mais que a humanidade é dotada de um potencial criativo que nos surpreende a cada novidade. Mas, por outro lado, não paramos de receber alertas sobre as questões ambientais. Continuamos desmatando, poluindo, extinguindo espécies. O que essa contradição quer dizer? Como podemos enfrentar esse desafio?

Vai longe o tempo em que fazíamos parte da natureza sem interferir no ecossistema. Pouco a pouco nossa inteligência decifrou os ciclos da natureza, descobriu como funcionavam as estações do ano, o fluxo das águas e o domínio do fogo. Fomos nos tornando cada vez mais complexos e passamos a nos organizar em grupos. E, como consequência, nossa subsistência foi ficando cada vez mais garantida.

É claro que esse crescimento trouxe benefícios para humanidade. A questão é que não fomos capazes de construir essa trajetória sem extrair recursos da natureza de forma ininterrupta e desenfreada. Isso tem nos feito amargar a deterioração dos nossos biomas: poluição das águas e do ar, desmatamento, queimadas, extinção de espécies, aumento do buraco na camada de Ozônio e, tudo isso, sem falar da previsão de um aumento populacional capaz de tornar um país em desenvolvimento inviável.

Pois é! Você já parou para pensar que somos compostos de 70% de água, precisamos do ar para respirar, nos nutrimos dos alimentos que a terra nos dá e precisamos de uma temperatura viável para viver? Sabe o que isso quer dizer? Que somos compostos dos mesmos elementos da natureza que estamos destruindo e que somos os grandes responsáveis pelos riscos da nossa sobrevivência na terra.

Preservar a vida deixou de ser uma missão de poucos para passar a ser um problema de todos nós. E o Desenvolvimento Sustentável tem sido considerado como a nossa melhor saída. Em 2015, 193 países adotaram os objetivos de desenvolvimento sustentável, na Assembleia Geral da ONU. Esses objetivos visam equilibrar a prosperidade humana e a proteção do planeta, com uma agenda específica a ser cumprida até 2030. O compromisso é unânime:

  • Acabar com a pobreza;
  • Lutar contra a desigualdade e injustiça e
  • Combater as mudanças climáticas.

Temos um plano global, do qual fazemos parte. É claro que as dificuldades são muitas, mas a principal delas nos parece que é a falta de consciência humana. Acreditamos que nossa consciência pode ser a saída para superar as dificuldades ambientais. Mas por que não estamos fazendo a nossa parte? Pois é, nos habituamos a reconhecer os erros das pessoas ao nosso redor, das grandes indústrias e potências tecnológicas, mas poucas vezes olhamos para nossas atitudes pessoais, para começar a mudar nossa postura.

Experimente, por alguns instantes, deixar de lado aquela irritação com tudo que está errado no mundo e reconheça como está a sua contribuição para a preservação dos elementos da natureza: Como está o seu consumo de água? Ela é um recurso indispensável para a vida, mas não é renovável. E como está sua produção de lixo? Seu consumo de combustíveis fósseis, como gás natural e gasolina? Estes processos liberam gases prejudiciais para as camadas de proteção de radiação solar. Sabe onde isso vai dar? No polêmico aquecimento global. E estes são apenas alguns exemplos do quanto essa história tem a ver com você, comigo, com todos nós.

Mas não se assuste, não acreditamos que a saída seja abandonar o que construímos enquanto civilização até aqui. A hipótese de voltar a viver na natureza de forma radical, no sentido de resgatar nossas raízes, pode desconsiderar nossa capacidade de encontrar saídas criativas e inovadoras para reverter os danos que nossa falta de consciência causou e garantir a continuidade do nosso desenvolvimento, desta vez em integração com a natureza.

O que nos fez nos perdermos não foi a inteligência, a criatividade e a inovação humana. Nos perdemos por falta de consciência da complexidade da qual fazemos parte. Somos capazes de fazer diferente e a prova disso é que cada vez mais iniciativas inovadoras estão usando os recursos tecnológicos para preservar a natureza e reverter danos criados pela humanidade. A civilização 5.0 está surgindo e usando como princípio o cuidado da vida.

Afinal, se as árvores se comunicam pelas raízes, compartilhando nutrientes entre si e garantindo a evolução da floresta como um todo, nós também podemos nos conscientizar da nossa ligação orgânica com tudo que está vivo e compartilhar nossos nutrientes com a natureza como um todo.

Experimente conectar-se! Atualize-se e torne-se ativo na sua mudança pessoal. Inove em integração com a natureza. Você encontra em nossa equipe e em nossas iniciativas uma base segura para caminhar lado a lado. Conte conosco!

Quer ler mais sobre o assunto? Clique aqui: Ecossistema: o que fazer parar ajudar.

Maira Flôr

Maira Flôr

Psicóloga, CRP 12/08932

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