Já se passaram 25 anos desde a primeira vez que assisti “O Rei Leão”. Levei até um susto quando me dei conta que fazia tanto tempo e, imagino, que vocês também. Muitos de nós já tivemos filhos e parece que os ensinamentos de Mufasa e as trapalhadas de Timão e Pumba ainda estão vivos na memória. Eis que chegou a hora de rever o clássico, dessa vez em live action. Parece que não fomos só nós que crescemos, não é? As personagens ganharam um tom de realidade com essa animação. Vamos embarcar nessa atualização e descobrir o que podemos aprender com as personagens do Rei Leão na vida adulta às vésperas de um dia dos pais.
O rei Mufasa tem a missão de ensinar a seu filho Simba tudo o que aprendeu com seus ancestrais sobre sua função e sobre a própria vida. Mas Simba ainda é um aprendiz imaturo e se perde com muita facilidade na sua curiosidade ingênua, acreditando nas informações que recebe sem pestanejar. As consequências são desastrosas, levam à morte do pai e Simba mal consegue viver com o medo e a culpa que sente.
Se observarmos bem, Mufasa e Simba são personagens que representam momentos diferentes das nossas próprias vidas. Ora somos imaturos, ora reconhecemos o que aprendemos com nossos pais e com a vida. E ainda tem Timão e Pumba, na filosofia de “Hakuna Matata”, cantando por aí: “os seus problemas você deve esquecer!” Quem nunca fez como eles, varreu suas dificuldades para baixo do tapete e tentou seguir adiante como se nada tivesse acontecido? Pois é, qual dessas personagens você se identifica no momento? Pronto para encarar seus desafios?
Como diria a voz de pai de Mufasa em uma de suas lições:
“Você esqueceu quem você é (…) Olhe para dentro de você. Você é muito mais do que pensa que é. Você tem que ocupar o seu lugar no ciclo da vida. Lembre-se de quem você é”. Vale o exercício!
Mufasa tentava ensinar o que muitos de nós ainda temos dificuldade de aprender. Ele reconhecia que fazia parte do ciclo da vida e que tinha uma função importante nesse ciclo. Desrespeitá-lo poderia prejudicar nossa própria vida já que fazemos parte dele.
Em uma conversa com Simba, Mufasa apresenta mais uma de suas lições:
– “Tudo o que você vê faz parte de um delicado equilíbrio. Como rei, você tem que entender esse equilíbrio e respeitar todos os animais, desde a formiguinha até o maior dos antílopes.”
Simba questiona: – “Mas nós não comemos antílopes?”
E Mufasa continua: – “Sim, Simba, mas deixe-me explicar: quando você morre, seu corpo se torna grama e o antílope come ela. E, assim, estamos todos ligados no grande ciclo da vida”
Parece que não se trata de descobrir apenas quem você é, mas de descobrir quem você é no ciclo da vida, com suas funções e responsabilidades, que tragam sentido para sua existência. Isso quer dizer que para viver esse processo precisamos ficar atentos ao que nos desvia daquilo que faz sentido. Sempre existe um Scar e algumas Hienas, tentando forjar o ciclo da vida. Assim como existem Timões e Pumbas, tentando encontrar formas de apagar o passado e, atenção, porque pode realmente ser divertido!
Somos todos aprendizes tentando superar nossos erros, do jeito que conseguimos. Até os mais sábios carregam suas culpas, medos e desgostos. Não se resolve tudo com valentia como o pequeno Simba, assim como não adianta envenenar-se em sua culpa pelos seus medos e erros.
Como diria Mufasa em sua terceira lição:
– “Só sou valente quando é preciso ser. Simba, ser valente não quer dizer se meter em apuros.”
Simba: – “Mas você nunca tem medo de nada.”
Mufasa: – “Eu tive hoje.”
Simba: – “Teve?”
Mufasa: – “Sim. Achei que ia perder você.”
O nosso grande presente é que, como o próprio nome diz, “o ciclo da vida” dá voltas. E, enquanto estivermos vivos, temos uma nova oportunidade adiante para assumir o nosso lugar, encarando os desafios que estão por vir. “O passado pode doer, mas, do jeito que eu vejo, você pode fugir dele ou aprender com ele”
E quem sabe ainda teremos Sarabi, Nala Rafiki e Zazu ao nosso lado. São os parceiros do ciclo da vida que nos ajudam a ter resistência e serenidade para saber o momento certo de posicionarmo-nos e assumirmos nossas responsabilidades.
Talvez só consigamos entender a função de um pai quando desenvolvermos a sabedoria de Mufasa. Mas enquanto isso não chega, ainda temos muito a aprender como Simba. Não temos dúvidas de que a aprendizagem contínua é o que dá valor a todas as fases do ciclo da vida.
Quem sabe daqui a 25 anos estaremos experimentando uma versão ainda mais moderna de Rei Leão e reconhecendo se já conseguimos aplicar os ensinamentos de Mufasa em nossas vidas. Mas se você sentir dificuldades de reconhecer o seu lugar no ciclo da vida, não espere esse tempo todo em “Hakuna Matata”, a Psicoterapia presencial ou a Consulta Psicológica on-line podem ajudá-lo a lembrar quem você é!
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