Volta às aulas! E lá vamos nós! Os mesmos medos, as mesmas angústias, as mesmas dúvidas e inseguranças. Tudo de novo! Precisamos nos encher de energia para viver um ciclo que se repetirá por vários anos. É isso mesmo! Pais e filhos precisam estar prontos para enfrentarem mais um processo de adaptação.
Pelo andar da carruagem, é possível que você já tenha tentado:
- – Estabelecer uma rotina escolar satisfatória;
- – Manter mochilas, lancheiras e uniformes previamente organizados; e
- – Promover a autonomia do seu filho, com a intenção de diminuir a angústia de separação e facilitar a sua interação com amigos e professores.
E se nada disso deu certo ou lhe tirou a sensação de que o processo está andando, é hora de entender um pouco melhor o que está acontecendo entre você, seu filho e o momento de ir para escola.
Todos nós sabemos muito bem como é difícil dar conta das demandas da vida. De um jeito ou de outro, vamos aprendendo que crescer gera sofrimento e que vamos ter que nos esforçar muito para superar as adversidades da vida. Mas quando a questão envolve as dores que nossos filhos terão que viver para crescer, aí tudo mudo de figura.
É muito difícil controlar o desejo de protegê-los de todas as dores do mundo. Nestas horas esquecemos que, por mais que a gente queira, não estaremos ao lado deles em todos os momentos em que o “como fazer” e “o que fazer” aparecerem em suas vidas. É isso mesmo! Por mais que nos doa, é importante reconhecer que nossa proteção tem limites, pois só assim seremos capazes de nos dedicarmos a arte de prepará-los para buscarem as soluções para os seus problemas por si mesmo.
O que não sabemos é que para isso acontecer teremos que deixar de responder aos “como” e aos “o quê” para nos perguntarmos: Para quê? Para que nossos filhos precisam enfrentar a ansiedade da volta à escola? Para que eles precisam aprender a estar bem quando estamos ausentes? Para que eles precisam aprender a dialogar com as angústias, raivas e tristezas oriundas da convivência com amigos? E os professores? Para que ele precisa saber conviver com as características dos professores?
E nossas perguntas não param por aqui. Ainda temos que encontrar respostas para o “para quê” dos limites, dos esforços para aprender uma nova matéria e muito mais. PARA QUÊ?
E nós responderíamos: para ajudarmos nossos filhos a enfrentarem as adversidades da vida. É nosso dever deixá-los prontos para não fugirem dos obstáculos e se manterem com a cabeça fria toda vez que a vida lhe reservar algo que precise buscar novas saídas.
Tenho certeza que todos os pais concordarão conosco. Tudo o que mais desejamos para os nossos filhos é uma vida repleta de crescimento e realização. Queremos também que se transformem em pessoas autônomas, responsáveis por si mesmas e capazes de contribuírem com o desenvolvimento da humanidade. Não temos dúvida de que tudo o que fizermos por eles é “para que” eles sejam seres em desenvolvimento. Mas como fazer isso é sempre uma grande questão.

Então, vamos pensar em algumas atitudes que podem lhes ajudar nisso:
- – Escute ativamente o que seu filho tem para te dizer: demonstre interesse pelo que o seu filho está vivendo, estabeleça um vínculo de confiança que o deixe à vontade para expressar o que ele está vivendo e da forma como ele está percebendo os acontecimentos.
- – Proteja-se contra a vontade de resolver tudo para ele: esforce-se para compreender, de forma eficaz, o que seu filho está lhe transmitindo e não se distraia com o desejo de tirá-lo do sofrimento.
- – Fique atento! Não faça julgamentos precipitados. Verifique se você está compreendendo corretamente a mensagem que ele está te passando.
- – Desvende a capacidade de seu filho superar as adversidades: Esse diálogo dará a possibilidade de você ajudá-lo a corrigir distorções perceptivas da realidade e ampliar a compreensão do que ele está vivendo na volta às aulas.
- – Acredite! Naturalmente, seu filho encontrará uma saída resolutiva para as suas questões.
- – Construa, a partir das propostas dele, um caminho de superação: Nessa etapa do processo seu filho estará pronto para aprimorar, com você, algumas saídas para as suas questões. Seja sua parceira.
- – Ajude-o a lapidar as suas ideias a ponto delas transformarem-se em uma proposta de ação.
- – Esteja com ele para reprogramar a rota quantas vezes forem necessárias: Como nem tudo são flores, se tudo der errado, esteja pronto para voltar ao ponto zero, quantas vezes forem necessárias.
E, se mesmo assim, você se sentir insegura para vivenciar esse processo sem a ajuda de um profissional, entre em contato conosco. Nosso serviço de orientação aos pais poderá lhe ajudar a superar essa fase da vida.
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Crescer vale a pena mas requer coragem.