Você se considera uma pessoa gentil? Você propaga práticas de gentileza como recurso para promover o bem-estar? Nossas respostas para essas perguntas poderão nos ajudar a refletir sobre a nossa forma de estar com o outro, seja ele uma pessoa que acabamos de conhecer ou um conhecido de longa data, um amigo ou inimigo, e nos incluir no movimento mundial da gentileza. Um movimento que nos alerta para importância dessa atitude através de frases como “Gentileza gera gentileza”, do poeta carioca José Datrino, fonte de inspiração de músicos como Gonzaguinha e Marisa Monte.
Mas, afinal, por que tantas pessoas estão apostando na gentileza para melhorar as nossas vidas? Qual o poder da gentileza?
É possível que nós tenhamos que reconhecer que a gentileza não está tão naturalizada nas nossas relações quanto gostaríamos. Talvez seja preciso aceitar o fato de não sabermos muito bem o que ela é e o que fazer para praticá-la.
Só quem viveu um momento de gentileza sabe que uma pessoa gentil desperta sentimentos tão agradáveis de bem-estar que o resultado disso é, muitas vezes, chamado de gratidão. Uma gratidão que vai despertar o desejo de ser gentil com o outro. E não é que o poeta estava certo?
Pois bem! Por gentileza, nos diga: o que é ser gentil para você? Provavelmente, a primeira ideia que lhe virá à cabeça será algo que se assemelha à cordialidade e simpatia que aprendemos a reproduzir automaticamente desde a infância.
Nesses casos, só lembramos da falta que ela faz quando estamos vivendo um momento em que a gentileza poderia fazer toda a diferença no nosso dia a dia. E olha que esses momentos não são raros.
Você já deve ter vivido a experiência de estar em um trânsito infernal, precisando mudar de pista e o motorista ao lado não perceber que uma leve pisada no freio pode mudar a sua vida. E quando estamos carregando muita coisa nas mãos e uma delas cai? Você já viveu isso? A sensação de ver as pessoas passando sem nos ajudar é horrorosa, não é mesmo?
Bem, mas há uma outra forma de compreender a gentileza. Ela pode ser aquele sentimento genuíno de respeito pelo outro ser humano, que compartilha um tempo e um espaço com você, e que certamente passa por dilemas semelhantes ao seu. Esta gentileza brota naturalmente, quase que inevitavelmente, quando nos conectamos com o humano que existe em cada um de nós.
Quando consideramos o valor da vida humana, nas suas mais diversas manifestações, tornamo-nos capazes de perceber a necessidade das pessoas. E, é claro, faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para ajudar.
Eis a gentileza como uma conexão de humano para humano, geradora de uma vida humana mais colaborativa. Somos capazes de viver assim, basta desenvolvermos a habilidade de compartilhar aquele olhar atento que tudo vê. Vamos lá?