Você já deve ter percebido a quantidade de questões emocionais vividas pelos adolescentes da nossa sociedade, não é mesmo? A segunda temporada da série 13 Reasons Why explora algumas dessas múltiplas questões. O entrelaçamento das situações e a riqueza de detalhes em diferentes tipos de violência, têm sido alvo de críticas intensas entre os adolescentes e influencers.
Por que será que os feedbacks estão tão aversivos? O primeiro pensamento que nos vem a cabeça é que, de fato, cenas de violências explícitas podem causar uma sensação de desconforto tão intenso, que ultrapassam os limites da tolerância humana. Afinal, estamos falando de humanos assistindo a cenas de violências com humanos. Isso não é nada fácil!
Caso você não tenha assistido à série, é importante saber que as personagens passam por um processo de luto, pelo suicídio da colega de escola Hannah Becker, e sofrem as consequências de segredos revelados por ela em fitas gravadas antes da sua morte.
Os segredos envolvem vivências de bullying e preconceitos nos quais vítimas e agressores se confundem e culminam em violências de gênero, sexuais, cultura de estupro, relações abusivas, discriminação por classes sociais, vício em drogas, abandono, transtornos psiquiátricos, agressividade física, jogos políticos e de poder, uso de armas… Ufa, são muitas questões fortes, não acham?
E o que se esconde por trás desses diferentes tipos de violências humanas? O que nos ensina a segunda temporada de 13 Reasons Why?
Um dos pontos que nos chamou a atenção foi a dificuldade de as personagens serem elas mesmas nas diferentes circunstâncias da vida. Todos os envolvidos com os 13 motivos sentem-se sozinhos, desejam relações verdadeiras, mas vivem a experiência de sentirem medo de se apresentarem como são, porque correm o risco de verem as suas vidas jogadas na boca do povo.
Não é difícil imaginar que o produto de tudo isso seja trancafiar a sete chaves as características que colocam em perigo a sua segurança. E, sem entendermos muito bem o processo, vimos nossos adolescentes se transformarem em pessoas pouco disponíveis para ouvir, com dificuldades para compreender o outro e suscetíveis a uma sequência de relações disfuncionais e destrutivas.
E assim, encarcerados em si mesmos, eles encontram muitos motivos para desistir, apesar de manterem, mesmo que duvidando, alguns segredos que alimentam a vida: desejos, sonhos, amores…
Hannah também cultivou a vida e deixa isso registrado em uma lista com os 11 motivos pelos quais escolheria viver. Dentre eles estavam a consideração que sentia pelas pessoas que amava e os momentos que perderia com elas; a possibilidade de um dia fazer a diferença na vida de outra pessoa e de que talvez não seja tão ruim quanto se pensa. É possível que melhore!
Então, nos diga: quantos motivos a mais você seria capaz de colocar nessa relação se a esperança vencesse a desesperança? Vamos lá! Desafie a você mesmo! Você descobrirá que temos muito mais motivos para vivermos e nos orgulharmos de quem realmente somos.
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