Você já percebeu que o jeito com que as pessoas o tratam influencia em como você se sente? Quantas vezes você esteve em uma festa ou em um grupo de pessoas e se perguntou: “O que eles pensam sobre mim?” Não é incomum sentirmos que não somos bons o suficiente para sermos admirados pelo outro.
Muitas vezes, as pessoas nem sequer demonstraram de fato uma desaprovação, mas um desvio de olhar ou um suspiro profundo podem ser interpretados como mais uma rejeição. Assim, fica difícil manter apreço por nós mesmos, não é?
E numa tentativa de superar as dificuldades, lá vamos nós mais uma vez! Vestimos nossa melhor roupa, nossos melhores sentimentos, levantamos o queixo e encaramos! Mas bastam apenas alguns minutos para pensarmos: será que eu sou mesmo uma pessoa legal? Será que eu corro o risco de ficar sozinho(a) o resto da vida?
Não é nada fácil viver assim. Só quem vive deste jeito, sabe o quanto dói e o quanto gostaria de encontrar uma saída para a falta de valorização pessoal.
E como é que se desenvolve essa tal de autoestima?
Bom, garanto que todos nós temos ideia do que desejamos ser. Fazemos comparativos com pessoas a quem admiramos ou que são bem vistas pelos outros, acreditando que, se formos iguais e tivermos as mesmas características, seremos amados.
O que será que isso quer dizer? Estamos desejando ser algo que realmente podemos ser ou queremos algo muito diferente do que somos? Se observarmos com cautela, perceberemos que muitos ideais não são viáveis e, mesmo que fossem reais, estariam no futuro.
Bem! Em algum momento precisaremos parar de tomar o outro como referência, deixar de lado o que gostaríamos de ser para encontrar o que somos e que características temos.
Vamos perceber que já somos uma pessoa inteira! Que já temos certas habilidades e competências! Claro que são habilidades que precisam de desenvolvimento, mas o reconhecimento da sua existência já nos torna dignos de sentirmos respeito e apreço por nós mesmos.
Vejamos! Quando você comete uma gafe ou quando toma uma atitude que, definitivamente, vai trazer consequências difíceis de serem superadas, é sua intenção provocar esse prejuízo? Provavelmente, não! Essas falhas deixam-nos mais próximos das nossas características e limites, que também fazem parte da pessoa que estamos construindo.
Isso quer dizer que, se desejarmos ter uma autoestima que suporte os julgamentos e valorize o que nós somos, teremos que confiar na nossa capacidade de compreender as nossas experiências, sem distorcê-las, transformando-as em fonte de aprendizagem para continuar crescendo.
Enfim, somos o que construímos de nós mesmos até aqui e temos as próximas experiências para continuar nos desenvolvendo. Nosso valor está em sermos pessoas em desenvolvimento, com potencial para gerenciarmos quem somos.
Visto por esse ponto, desenvolver autoestima é uma questão de assumir o poder de sermos donos da nossa própria vida.
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