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O ano se foi e em mim ficou…

Nas últimas semanas, percebi que este seria o último texto do blog do ano. Senti-me presenteada com a oportunidade de compartilhar com vocês algumas reflexões que esse encerramento desperta. De forma sintética, quando olho para o mundo, este foi um ano de crise econômica e política, no qual a criatividade me pareceu o melhor recurso que as pessoas puderam usar para continuar crescendo. Mas, e quando olho para mim mesma, o que reconheço? O que vivi e o que aprendi com essas experiências?

Neste ano vivi perdas significativas de pessoas e de processos da vida e, ao mesmo tempo, atingi conquistas que não imaginava alcançar. Foi um ano de amadurecimento e de assumir responsabilidades. Por outro lado, este talvez tenha sido o ano em que mais me senti no fluxo da vida, experimentando momentos intensos de movimento.

Vivenciar esse paradoxo trouxe aprendizagens significativas, pelas quais tenho muito apreço e gratidão, e que gostaria de compartilhar.

2017…

Foi o ano dos meus 30.

Foi o ano em que descobri que estar só não significa ser solitário.

Foi o ano em que aprendi que ter liberdade pode significar hesitar com sabedoria mais vezes do que dizer sim, só porque quero e isso tudo é avançar com coragem.

Foi o ano de reconhecer o valor imensurável de planejar de forma estratégica e de executar este planejamento com entrega pessoal.

Foi o ano em que reconheci que ter responsabilidade não é sinônimo de me culpabilizar quando algo sai errado, mas de fazer o meu máximo, e isso é tudo.

Foi o ano em que me dei conta do quanto é um desafio deixar o outro ser o que ele é sem tentar conduzi-lo.

Foi o ano de me permitir colher os frutos dos meus esforços e de reconhecer que certos frutos não posso compartilhar, por mais que isso seja particularmente difícil para mim.

Foi o ano em que experimentei o poder de um grupo e onde ele pode chegar, embora isso não signifique não ter individualidade.

Foi o ano em que aprendi que certas paredes entre eu e o outro não me protegem do desafio de não me misturar com ele.

Foi o ano em que aprendi que alguns momentos em contato com arte pura podem carregar minhas baterias por meses.

Recentemente um show do Milton Nascimento com Tiago Iorc ajudou-me a dar palavras para certas aprendizagens, até então sem forma. Em um mosaico das melodias, reconheci que “Já não sonho, eu faço com meu braço o meu viver”… “quem sabe isso quer dizer amor, estrada de fazer o sonho acontecer”… “e se tropeçar, do chão não vai passar, quem sete vezes cai levanta oito!”

Aprendi muito neste ano e, por isso, poderia desejar que ele não fosse embora, que durasse mais um pouquinho. Mas prefiro pensar que, na verdade, o processo de aprendizagem e de desenvolvimento não acaba enquanto estiver vivendo e que, ano que vem, vou ter experiências novas para aprender com elas.

Estas foram algumas das minhas aprendizagens neste ano, quais foram as suas? Talvez chegar ao marco zero após dar uma volta ao sol, seja apenas um pit stop para reconhecer o percurso, reabastecer as energias e continuar girando enquanto o coração bater.

Sinto-me aberta para as experiências do próximo ano! Este é um convite para quebrar as paredes que possam existir entre você e a vida. Você aceita?

Maira Flôr

Maira Flôr

Psicóloga, CRP 12/08932

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